Certos defensores de Dom
Williamson estão desesperados. De início, tentaram, a todo custo,
esconder a relação dos “Comentários Eleisons” sobre a nova Missa e o
seus milagres com a com a infame conferência do bispo em agosto de 2015 nos Estados Unidos.
A razão foi que, sem levar em conta a referida conferência, podia-se
ficar mais a vontade para tratar do tema sob um ponto vista mais
genérico, como uma questão teológica disputada, ignorando fatos – estes
sim muito mais teimosos que os supostos “milagritos” – que impunham muito mais
precaução na tentativa de blindar o bispo.
O fato é que a difusão da
conferência desarmou a bolha de sabão em que se sustentava toda a suposta
disputa teológica. Uns parecerem terem recuado; outros, ao invés, não se cansam
na árdua tarefa de defender o indefensável. E a malícia de tal labor
em persistir no atestar contra a verdade conduz inevitavelmente a
patifaria intelectual.
Recentemente, o blog. brasildogmadafe publicou
um a transcrição de uma conferência de Monsenhor Lefebvre aonde ele fala
da prudência pastoral com que os sacerdotes da Tradição devem ter com
os diversos casos em que estes se encontram diante de almas que,
muitas vezes movidas por devoção a Santa Missa, permanecem assistindo
ao novo rito da Missa de Paulo VI.
Resumindo, Monsenhor Lefebvre
indica que não podemos condenar essas almas, pois ainda que a participação num
rito blasfemo como esse da Missa do Novus Ordo seja um pecado, há de se
considerar, primeiro, o grau de conhecimento que uma boa alma possa
ter sobre o tema. Aqui o trecho que consideramos mais importante:
“Es
necesario a veces ir prudentemente para abrirles los ojos, para decirles lo que
deben hacer y no siempre ser brutal en la manera de actuar respecto a las
almas, las almas son objetos delicados que no podemos maltratar. Nos
arriesgamos a hacerle más daño a un alma maltratándola que haciéndole
comprender las cosas dulcemente, diciéndole inmediatamente : usted comete
un pecado mortal, usted irá al infierno, etc., en lugar de hacerla comprender,
explicarle, abrirle los ojos sobre la falta que cometen.”
Ora,
como podem os seguidores do bispo usar da fala de Monsenhor Lefebvre
para defende-lo? Será se já não sabem ler? Porque se sabem teriam visto que
Monsenhor Lefebvre diz ser necessário abrir os olhos dos fiéis,
explicar-lhes, fazer compreender, etc. Mas como isso se aplica ao caso da
referida conferência de Dom Williamson? Simples, o que diz
Monsenhor Lefebvre condena Dom Williamson.
E por
que? Porque Dom Williamson na sua infame conferência não
tentou abrir os olhos da senhora que lhe pediu opinião, mas facilitou que
ela continuasse de olhos fechados; Dom Williamson não tentou “fazer
entender”, à senhora, do sacrilégio que se passa na Missa do Novus Ordo,
mas lhe confirmou na ignorância; Dom Williamson sequer tentou explicar
a essa senhora que a Missa Tridentina que ela tinha semanalmente, em
tempos de caos especialmente, eram mais do que suficientes para que ela
pudesse manter em dia a sua vida espiritual.
Ao invés, o que fez o bispo? Ele
prepara a sua audiência dizendo que irá esticar o seu pescoço bem alto, e
quem quisesse decepa-lo ficasse a vontade. Também diz que “o
que eu irei falar é quase uma heresia no meio tradicional”. Ou
seja, o bispo sabia de antemão que suas idéias iriam gerar o caos, aquele mesmo
em que o bispo diz se distrair.
Mas vamos ao pontos:
1- Foi nessa mesma conferência que
bispo justifica a participação na nova Missa porque ela seria válida,
razão essa já refutada não somente por Monsenhor Lefebvre mais pelo próprio Dom
Williamson.
2-
O bispo diz que a “regra de ouro” é: “faça o necessário para
alimentar a sua fé”, se você achar necessário ir a nova Missa, vá.
3-
Depois afirma: a nova Missa pode ser usada “em ordem à construir a fé”.
4-
Atesta supostos milagres na nova Missa para justificar sua nova tese sobre
questão, já há muito tempo estabelecida no meio da Tradição.
Ora, o
que esse espetáculo perturbador criado pelo bispo tem haver com a
prudência pastoral levantada por Monsenhor Lefebvre? Digam-nos aonde
isso se aplica na defesa de Dom Williamson? Não, eles não irão dizer. O caso
que esses querem construir para enganar aos incautos é dizer que os críticos de
Dom Williamson não passam de radicais cruéis que queriam a cabeça da
senhora no momento em que ela pediu ajuda ao bispo para um problema de
consciência. São uns patifes. Ninguém jamais condenou o bispo por não ter
condenado a senhora, mas sim por te-la negado a Verdade e confirmado-a no
erro.
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