Os cristeros foram um grupo de heróis católicos que resistiram bravamente ao governo ateu e anticlerical do México nas primeiras décadas do século passado. Eles lutavam em defesa da fé e da Igreja e, quando presos e sentenciados à morte, morriam bradando:
VIVA CRISTO REI!
VIVA A VIRGEM DE GUADALUPE!
As missas, naquele contexto de perseguição brutal, eram celebradas clandestinamente. Quando algum padre chegava ao povoado vestido “à paisana”, a informação corria de casa em casa com toda a discrição.
Certa vez, um povoado rural aguardava o sacerdote que viria no fim de semana. Os catequistas, também clandestinos, já tinham preparado grupos para receber o batismo e outros sacramentos. A celebração aconteceria num velho armazém capaz de abrigar algumas centenas de fiéis. No domingo de manhã, o depósito estava abarrotado com 600 pessoas.
De repente, o inesperado: entram no local dois homens uniformizados e armados.
Um deles levanta a voz e declara:
“Aqueles que se atrevem a levar um tiro por Cristo fiquem onde estão. O resto pode sair já! As portas vão ficar abertas só durante 5 minutos”.
Imediatamente, vários integrantes do coral se levantaram e saíram. Alguns diáconos também foram embora, seguidos pela maior parte dos fiéis. Em menos dos 5 minutos, apenas 20 pessoas dentre os 600 paroquianos tinham permanecido no recinto.
O militar que tinha falado olhou então para o sacerdote e disse:
“Muito bem, padre. Eu também sou cristão e já me desfiz dos hipócritas. Pode continuar a celebração”
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A partir de relato de Gilberto Gomes Barbosa, em “Histórias que Evangelizam”
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