Eu morrerei!
Deixarei tudo, sem exceção; deixarei meus pais, meus amigos, minha família; e eu lhes direi um adeus eterno... Deixarei minha casa, meus móveis, minha terra, tudo o que me pertence. ... Deixarei absolutamente tudo. E essas coisas das quais eu gosto mais? ... Eu as deixarei como todo o resto. Que abandono universal ... isso será portanto.
Ai de mim! Que loucura se apegar àquilo que se deve em breve deixar! Eu tive muito trabalho para adquirir ou conservar o que possuo; e tudo isso irá acabar! ... Por que não me separar de antemão para um completo destacamento?
Minha alma deixará meu corpo; e, portanto, o corpo será um objeto inoportuno, do qual meus próprios pais e meus amigos não procurarão que se livrar, um cadáver infecto, capaz de tudo envenenar se não for enterrado no solo; e o enterrarão, então, e o que será desse corpo de que me ocupei tanto? O que será destes pés, destas mãos, desta cabeça? Que insensato sou, portanto, de embelezar e adornar aquilo que em breve não será mais do que podridão e cinzas! Que insensato eu sou de por em risco, por causa deste corpo e seus prazeres, a minha alma, a minha eternidade!…
Então, pensarão muito em mim, entre os homens? Ai de mim! Nós pensamos tão pouco nos mortos! Quem se lembra agora de tal e tal pessoa que eu conhecia, que eu vi morrer! Oh! A estima dos homens é pouca coisa!
Eu morrerei!
Minh'alma irá comparecer diante do tribunal de Deus! Ó momento temível! Encontrar-me sozinho na presença de Deus ... e responder por toda a minha vida diante de um Deus soberanamente justo, soberanamente iluminado, soberanamente inimigo do pecado!
Para escapar desse julgamento, eu não tenho que um caminho: julgar a mim mesmo severamente aqui na terra, e então eu não serei julgado.
Padre André-Jean-Marie Hamon (1795-1874)
Párroco de Saint Sulpice (sua wikibiografia)
Fonte: Bibliothèque de combat
Tradução: Giulia d'Amore di Ugento.
O Francês não é meu "forte". Portanto, se houver algum erro de tradução/adaptação, aceito humildemente ser corrigida.
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