terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013 da Missão Cristo Rei.

Nós, da Missão Cristo, temos muitos motivos para agradecer a Deus pelo ano que finda. Felizmente vivemos momentos especialíssimos proporcionados pela Divina Providencia.

Seguem algumas imagens do ano de 2013:

domingo, 29 de dezembro de 2013

Calendário do mês de Janeiro/2014

Salve Maria!

Segue o Calendário do mês de Janeiro/2014 da Capela Cristo Rei, com a programação de Orações e Santificações previstas.

Os dias e horários das Santas Missas serão divulgados com alguns dias de antecedência.

Cristo Reinará.

*Clique na imagem para ampliá-la

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

JESUS E AS DIVERSAS FORMAS DE SANTIDADE



R. Garrigou-Lagrange, O.P.

"Mansiones multae sunt in domo Patris mei." (Jo 14, 2)

A intimidade de Cristo, sobre a qual já falamos, assume diferentes formas que contribuem para a harmonia do corpo místico de Nosso Senhor, isto é, sua variedade na sua profunda unidade. Na Igreja, a união dessas duas notas: a unidade e a catolicidade (a unidade de fé, de esperança, de caridade, de culto, de governo, apesar da variedade de lugares e de tempo, de raças, de línguas, de costumes, de instituições) constitui, no meio de tantas causas de divisão, um milagre moral permanente [1]. É também a realização de uma profecia de Cristo, o qual anunciou que sua Igreja devia se espalhar por todos os povos [2] e que, portanto, ela devia permanecer perfeitamente una [3] para conduzir as almas de todos os países e de todos os séculos à vida eterna.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Parte da Bula de São Pio V sobre a Missa Tridentina ( de carácter dogmático, portanto infalível):




Parte da Bula de São Pio V sobre a Missa Tridentina ( de carácter dogmático, portanto infalível):

"Além disso, em virtude de Nossa Autoridade Apostólica, pelo teor da presente Bula, concedemos e damos o indulto seguinte: que, doravante, para cantar ou rezar a Missa em qualquer Igreja, se possa, sem restrição seguir este Missal com permissão e poder de usá-lo livre licitamente,e  sem nenhum escrúpulo de consciência e sem que se possa incorrer em nenhuma pena, sentença e censura, e isto para sempre. Da mesma forma decretamos e declaramos que os Prelados, Administradores, Cônegos, Capelães e todos os outros Padres seculares, designados com qualquer denominação, ou Regulares, de qualquer Ordem, não sejam obrigados a celebrar a Missa de outro modo que o por Nós ordenado; nem sejam coagidos e forçados, por quem quer que seja, a modificar o presente Missal, e a presente Bula não poderá jamais, em tempo algum, ser revogada nem modificada, mas permanecerá sempre firme e válida, em toda a sua força".

Grifos do blog.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Horários de Missas em Ipatinga no mês de Dezembro.


Prezados leitores,

Segue, abaixo, os horários de Missas  - na cidade de Ipatinga -  no mês de Dezembro:

Domingo, dia 22 : 19 horas
Segunda,  dia 23: 19 horas
Terça , dia  24: 9 horas - VIGÍLIA E NATAL
Terça para Quarta, dia 24 para dia 25 : 0 horas ( Meia Noite ) - MISSA DO GALO
Quarta, dia 25: 11 horas - MISSA DE NATAL

Dúvidas: 31-88674393

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

HUMILDADE

PALE IDEAS

Antologia de São João Crisóstomo


Humildade


A paz foi para o Céu. E, se quisermos, podemos fazê-la voltar. Basta que expulsemos de nós a soberba e a arrogância [...] e sejamos humildes. (Homilias sobre São Mateus, 10, 6)

[A vanglória:] Foi ela que os afastou de Deus, foi ela que os fez procurar outra arena para as suas lutas e os perdeu. Porque, como se procura agradar aos espectadores que cada qual tem, conforme forem os espectadores, tais serão os combates que se realizam. (HomiZias sobre São Mateus, 72, 2)

“Se eu não fosse Católico…”

Se eu não fosse Católico e estivesse procurando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria em busca da única Igreja que não se dá muito bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria uma Igreja que o mundo odiasse. Minha razão para fazer isso seria que, se Cristo ainda está presente em qualquer uma das igrejas do mundo de hoje, Ele ainda deve ser odiado como o era quando estava na terra, vivendo na carne.
Dom Fulton Sheen
Dom Fulton Sheen
Se você tiver que encontrar Cristo hoje, então procure uma Igreja que não se dá bem com o mundo. Procure por uma Igreja que é odiada pelo mundo como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar desatualizada com os tempos modernos, como Nosso Senhor foi acusado de ser ignorante e nunca ter aprendido. Procure pela Igreja que os homens de hoje zombam e acusam de ser socialmente inferior, assim como zombaram de Nosso Senhor porque Ele veio de Nazaré. Procure pela Igreja, que é acusada de estar com o diabo, assim como Nosso Senhor foi acusado de estar possuído por Belzebu, príncipe dos demônios .
Procure a Igreja que em tempos de intolerância (contra a sã doutrina,) os homens dizem que deve ser destruída em nome de Deus, do mesmo modo que os que crucificaram Cristo julgavam estar prestando serviço a Deus.
Procure a Igreja que o mundo rejeita porque ela se proclama infalível, pois foi pela mesma razão que Pilatos rejeitou Cristo: por Ele ter se proclamado a si mesmo A VERDADE. Procure a Igreja que é rejeitada pelo mundo assim como Nosso Senhor foi rejeitado pelos homens. Procure a Igreja que em meio às confusões de opiniões conflitantes, seus membros a amam do mesmo modo como amam a Cristo e respeitem a sua voz como a voz do seu Fundador.
E então você começará a suspeitar que se essa Igreja é impopular com o espírito do mundo é porque ela não pertence a esse mundo e uma vez que pertence a outro mundo, ela será infinitamente amada e infinitamente odiada como foi o próprio Cristo. Pois só aquilo que é de origem divina pode ser infinitamente odiado e infinitamente amado. Portanto, essa Igreja é divina .”
Arcebispo Fulton J. Sheen, Radio Replies, Vol. 1, p IX, Rumble & Carty, Tan Publishing - Tradução: Gercione Lima

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Se houve pecado de deicídio da parte do povo judeu (segundo Santo Tomás de Aquino).

SPES

I) Diz Santo Tomás na Suma Teológica: “et ideo Judaei peccaverunt, non solum hominis Christi, sed tamquam Dei crucifixores” (III, q. 47, a. 5 ad 3). Ou seja: o pecado do povo judeu é não só de crucifixão do homem Cristo, mas, pelo mistério da união hipostática, de crucifixão do Verbo de Deus.

II) Por outro lado, não se pode negar que o pecado dos pequenos judeus (ou seja, os não chefes), ainda que tenha sido gravíssimo segundo o mesmo gênero de pecado, diminui algum tanto em razão da ignorância dos que o cometeram. Por essa razão, aliás, é que Cristo pede ao Pai que lhes perdoe: “porque não sabem o que fazem”. Di-lo ainda Santo Tomás, na Suma TeológicaIII, q. 47, a. 6, corpus (trata-se do artigo seguinte ao citado anteriormente). 

III) Em outras palavras: os judeus em conjunto cometeram deicídio, mas com graus distintos de culpabilidade.

IV) Algo mais: em sua entrevista, o Padre Bouchacourt tenta induzir que os mesmos chefes judeus não (re)conheceram a divindade de Cristo. A isto responde Santo Tomás, no mesmo lugar: “Os chefes dos judeus sabiam quem era Cristo, e, se houve ignorância de sua parte, foi uma ignorância afetada [affectata] que não teria podido escusá-los”.
V) É esta, pois, em resumo, a resposta científica e definitiva que se há de dar à polêmica provocada pela infeliz entrevista do Padre Bouchacourt.



Em tempo: “Já o pecado dos gentios, por cujas mãos Ele foi crucificado, teve uma escusa muito maior, porque não tinham conhecimento da lei” (Santo Tomás, loc. cit.).

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Igreja Católica na Eslováquia ataca ideologia de gênero e casamento gay: “confusão sodomita”.

Fonte: http://fratresinunum.com/2013/12/02/igreja-catolica-na-eslovaquia-ataca-ideologia-de-genero-e-casamento-gay-confusao-sodomita/

JN – A Igreja católica eslovaca disse este domingo numa carta pastoral que a igualdade de género destrói a família e que a decisão de aceitar pares homossexuais leva a uma “confusão sodomita”.
Na mensagem pastoral, a Igreja católica eslovaca refere que, por detrás da aparente bondade da ideia de igualdade de género, se esconde o objetivo de destruir as famílias.
Os bispos eslovacos referem que a família é uma instituição de Deus e que a desintegração familiar deteriora a felicidade humana, assinalando que quem se refere ao conceito de “igualdade de género” pensa em algo positivo, em que os homens e as mulheres têm os seus direitos.
A carta pastoral advertiu que o uso de palavras nobres como “direitos humanos”, quando, na realidade, os partidários de uma “cultura da morte” pretendem que “um homem já não se sinta como um homem, nem uma mulher como uma mulher” e que o matrimónio não seja a “união abençoada por Deus” de um homem e uma mulher.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Da crueldade do demônio segundo frei Luís de Granada


Em tempos de império do Anticristo, nós, cristãos sobreviventes, nos acostumamos a assistir à imagem oficial de Satã nos meios de comunicação de massa, o libertador, o Lúcifer maçônico que traz a verdade e o prazer à humanidade, pela desconstrução de tudo o que vem da civilização cristã, soturna e moribunda.

É a apoteose do baixíssimo, simultânea ao eterno retorno das promessas mentirosas do Éden.

sábado, 30 de novembro de 2013

Caridade

Antologia de São João Crisóstomo


Caridade



Se a simples circunstância de serem de uma mesma cidade é suficiente para que muitos se façam amigos, como não terá de ser o amor entre nós, que temos a mesma casa, a mesma mesa, o mesmo caminho, a mesma porta, idêntica vida, idêntica cabeça, o mesmo pastor e rei e mestre e juiz e criador e Pai? (Homilias sobre São Mateus, 32, 7)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sacerdotes da Diocese de Itabira - Cel. Fabriciano participaram de evento apóstata.

Vejam duas imagens de um evento chamado "Caminhada da Diversidade Religiosa" que aconteceu em Ipatinga no último dia 20. O evento celebrou o "Dia da consciência negra" e suplicou por tolerância e liberdade religiosa
Destaque negativo para a presença de três sacerdotes da Diocese de Itabira - Cel. Fabriciano. 





"Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de acatólicos por quanto não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela." ( Papa Pio XI) 

"MALDITOS os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável SALVADOR seja posto lado a lado com Buda e Maoméem não sei que panteão de falsos deuses" (Drama do Fim dos Tempos - Pe. Emmanuel)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Da III Quarant'ore - Mosteiro da Santa Cruz - Nova Friburgo/RJ - Ou o Santíssimo Sacramento ou a morte!


Que venha cada vez mais o reino da Eucaristia!

"O grande mal de nossa época é que não vamos a Jesus Cristo como a seu Salvador e a seu Deus. Abandona-se o único fundamento, a única fé, a única graça da salvação... Então o que fazer? Retornar à fonte da vida, mas não ao Jesus histórico ou ao Jesus glorificado no céu mas sim ao Jesus que está na Eucaristia. Temos que fazê-lo sair de seu esconderijo para que possa de novo colocar-se à cabeça da sociedade cristã... Que venha cada vez mais o reino da Eucaristia: Adveniat regnum tuum!"
São Pedro Julião Eymard



O tema destas quarenta horas foi em atenção 
as mensagens de Nossa Senhora em Fátima.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Maldito respeito humano.



Fonte: Pales Ideas


Não há nada, meus irmãos, de mais glorioso e de mais honrável para um cristão do que carregar o nome sublime de filho de Deus, de irmão de Jesus Cristo. Da mesma forma, não há nada de mais infame do que ter vergonha de manifestar isso todas as vezes que surge a ocasião. Não, meus irmãos, não nos admiremos ao ver os hipócritas demonstrarem o quanto podem um exterior de piedade para atrair sobre si a estima e os louvores do homem, enquanto que seus pobres corações são devorados pelo pecado mais infame. Estes cegos gostariam de gozar das honras que estão inseparáveis da virtude, sem ter o trabalho de praticá-las. Além do mais, não nos admiremos ainda menos ao ver bons cristãos esconder o tanto quanto podem suas boas obras aos olhos do mundo, temendo que a glória inútil se insinue em seu coração e que os vãos aplausos dos homens lhes façam perder o mérito e a recompensa delas. Entretanto, meus irmãos, onde encontraremos uma covardia mais criminosa e uma abominação mais detestável que, professando crer em Jesus Cristo..., na primeira ocasião violamos as promessas que lhe fizemos sobre as fontes sagradas do batismo? Ah! infelizmente, o que nos tornamos? Quem é Aquele que renegamos? Aí de mim!, abandonamos nosso Deus, nosso Salvador, para nos dispor entre os escravos do demônio, que nos engana e que busca apenas nossa perda e nossa infelicidade eterna. Ó! maldito respeito humano! Como tu arrastas almas para o inferno!...

terça-feira, 12 de novembro de 2013

MONSEÑOR WILLIAMSON EN CHIHUAHUA, MÉJICO

NON POSSUMUS

Los fieles de Chihuahua han recibido con gran alegría a Monseñor Williamson. Es un gran honor recibir al único Obispo que sigue en la verdadera lucha Católica, Mariana y Contrarrevolucionaria. Dios en su misericordia no nos ha dejado solos. Siempre ha suscitado a un hombre que apaciente al rebaño en tiempos de apostasía.

REFLEXÃO: A DIREÇÃO DA ALMA

Fonte: Pales Ideas


A DIREÇÃO DA ALMA



(...)

IV

Ora, para conservar em ti este espírito de temor, de dor e de desejo, exerce-te externamente numa perfeita modéstia, justiça e piedade, afim de que, segundo escreve o Apóstolo,"renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivas sóbria, justa e piedosamente neste século" (Tito, 2, 12).

1. - Exerce-te numa perfeita modéstia para que, segundo a doutrina do Apóstolo, "a tua modéstia seja conhecida por todos os homens" (Phil. 4, 5). Exerce-te primeiro na modéstia da parcimônia no comer e vestir, no dormir e vigiar, no recreio e no trabalho, não excedendo a medida em coisa alguma.

Depois, exerce-te na modéstia da disciplina, com moderação no silêncio e no falar, na tristeza e na alegria, na clemência e no rigor, conforme as circunstâncias o exigem, e a sã razão o prescreve.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO - DIA 05


Relação com os mortos. 

Ocupemo-nos ainda hoje das relações íntimas que há entre nossa alma e as almas dos nossos mortos. «Nada mais triste, escreve Ozanam, nada mais desolador do que o vácuo aberto pela morte ao redor de nós. Eu conheci esse tormento depois da morte de minha mãe, porém durou pouco. Não tardaram a vir outros momentos em que entrei a compreender que não estava só, em que alguma coisa de suavidade infinita se passou dentro de mim: era como uma confiança de que não me haviam abandonado, era como uma vizinhança benfazeja, embora invisível; era como se uma alma estremecida, de passagem, me acariciasse com a ponte de suas asas. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO - DIA 04


Relações com os mortos

Se a lembrança dos mortos é tão grata, se tem tanta força para nos determinar a fazer o bem, que será o pensamento íntimo de nossas relações de cada instante com eles?

 A doutrina católica oferece a perspectiva mais consoladora sobre essa estreita e afetuosa comunicação das almas dos escolhidos, que começa além-túmulo e prossegue na bem aventurança eterna. 

O ensino da Igreja nos permite crer que nossos defuntos não estão ausentes, mas apenas velados e sempre junto a nós. 

domingo, 3 de novembro de 2013

MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO - DIA 03


DIA 3
Lembrança dos Mortos

A lembrança dos mortos é um encanto para o coração.
Uma animação para o trabalho.
Um conforto para as horas do cansaço.
Um freio para o ímpeto das paixões.
Quantas vezes, vendo um órfão crescer e desenvolver-se na inteligência e no coração, dizem os amigos da família: Oh! Se os pais o vissem, como se julgariam felizes!
Quantas vezes, também nós temos dito nessas horas em que, aflitos, não encontramos um coração que se nos abrisse e com o qual desafogássemos: ah! Se minha mãe aqui estivesse, eu não sofreria tanto! Se meu irmão, se minha irmã, se meu amigo vivesse, não estaria agora abandonado!
Qual de nós se não surpreendeu já num desses momentos de angústias que atravessam toda a existência humana, exclamando: Meu pai! Minha mãe!
Até em nossas alegrias, em nossos triunfos, acaso não ternos repetido às vezes: Se minha mãe me visse, que prazer teria!
Recordações tão caras, embora tão dolorosas, vós rejuvenesceis minha vida!
Quantas vezes, um bilhete velho de um amigo de infância, — uma carta, principalmente de pai ou mãe, demonstrando-nos sua afeição, dando um conselho, fazendo uma advertência, — carta deparada por acaso no fundo de uma gaveta, levou-nos de novo a esses dias passados em que vivemos todos juntos, trabalhando e sofrendo unidos, e ajudando-nos uns aos outros! E essas recordações nos despertaram também a de que não fomos sempre bastante indulgentes, bastante obedientes e amantes: e pusemo-nos a corrigir os erros.
Oh! Não será estéril a lembrança de hoje! Meu pai, minha mãe, vou reler vossas cartas, escutar vossas advertências, e a satisfação que não vos dei, quando estáveis a meu lado, vós a tereis agora.
Conta-se de uma mãe que, na idade em que a filho começava a compreender e sentir, o levou em frente ao retrato do pai e lhe disse: Jura que te esforçarás para ser digno dele!
O menino jurou, e, por vezes, se detinha ante o retrato que parecia olhá-lo, e assim o interpelava: Meu pai, está contente comigo?
Eis a minha promessa de hoje: Sim, eu me farei digno de vós, ó meus mortos muito amados! Vós me haveis de ver fiel a Deus, fiel a meus deveres, fiel aos vossos exemplos.

sábado, 2 de novembro de 2013

MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO - DIA 02


DIA 2
Lembrança dos mortos

Não esqueçais vossos mortos, vós a quem eles tanto amaram!” Vi estas palavras gravadas, na porta de um cemitério, aos pés de um crucifixo, e me despertaram uma série de pensamentos de tristeza, de confusão e de remorso!
Não esqueçais vossos mortos, que tanto vos amaram! Estas palavras se deveriam escrever, não só na porta do cemitério em que repousam seus corpos, aguardando a ressurreição, mas ainda em cada um dos móveis que temos ao redor de nós e que deles recebemos.
Neste aposento. — Não foi ele, esse finado talvez já esquecido, esse pai que queria tanto; não foi ele quem o dispôs tal qual está proporcionando-nos tantas comodidades?
— Não foi nesse leito que ele exalou o último suspiro, que nos disse o derradeiro adeus e que nos deu a sua última benção?
Nestes móveis. — Não foi essa mãe, de quem talvez já não nos lembrávamos, quem os comprou para nós? Evoquemos nossas recordações: foi para a festa de nosso dia de anos: ela fizera economias, condenara-se a privações para nos adquirir esses objetos, porque uma vez lhe manifestamos vagamente o desejo de possuí-los.
Nesta cadeira. — Não é a que ela ocupou em seus últimos dias, donde tanto nos acariciava? Esse lugar junto à mesa não era o seu?
Neste oratório. — Não era aquela boa irmã, menina tão piedosa, quem o ornava? Nós vínhamos rezar ali com ela e, chamados por ela, vínhamos todos, pai, mãe, os irmãos pequenos… e agora, está abandonado talvez… como a lembrança daquela que já não pode mais orar conosco.
Neste crucifixo que guardamos como uma relíquia, — Não recebeu ele os ósculos derradeiros de um pai, de uma mãe, de um filho?
Ó meus mortos mui queridos, com que dita eu acolho estas recordações que me comovem, consolando-me? Com que prazer eu vos revejo em espírito e peço a Deus vosso alívio, vossa paz, vosso repouso eterno!
Se o tivésseis querido, Senhor, estes seres tão amados, viveriam ainda e estariam junto a nós!
Eu me resignei à vossa santa vontade: aceitai em atenção a esta resignação dolorosa, mas submissa, recebei as orações que por eles faço hoje e quero fazer todos os dias deste mês.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO - DIA 01


MEDITAÇÃO : "A VÍGILIA DOS MORTOS"

A vigília dos mortos Acabo de ler a tocante denominação da festa de amanhã: Comemoração dos mortos, lembrança dos finados. 

A Igreja católica não quer que sejamos ingratos e esquecidos, e por isso criou esta festa das recordações, festa pia dos corações amantes. 

Novembro - Mês das Almas do Purgatório

Retirado do livro
Mês das Almas do Purgatório
Mons. José Basílio Pereira
 livro de 1943 
(Transcrito por Carlos A. R. Júnior)


Doutrina da Igreja Católica

I - Existência do Purgatório

I. — O Purgatório é um lugar de sofrimento em que as almas dos que morrem em estado da graça, mas sem haver satis­feito à justiça divina quanto à pena tem­poral incorrida por seus pecados, acabam de se purificar, solvendo essa dívida para poderem ser admitidas no Céu, onde con­forme a Escritura, só entrará quem for puro.
II. — As provas da existência do Purgatório podem ser tomadas :
1º. DA ESCRITURA SAGRADA. O Antigo Testamento mostra-nos Judas Macabeu recolhendo doze mil dracmas, es­polio de uma vitória memorável, e remetendo-as para Jerusalém, a fim de que se oferecessem sacrifícios pelas almas dos que haviam perecido no combate, por ser, dizia ele, um pensamento pio e salutar o de orar pelos mortos para que se resgatem de suas faltas.
O Novo Testamento refere-nos estas pa­lavras de Jesus Cristo bem claras e preci­sas: Há pecados que nunca são remetidos, nem neste mundo nem no outro. (Mat. 12) Haverá, portanto, pecados que serão per­doados na outra vida. Não são menos frisantes estas outras palavras da pará­bola do credor: Há uma prisão donde não se sairá senão quando se tiver pago o ceitil derradeiro. (Mat, 18). — E estas de São Paulo: Haverá no último dia um fogo que destruirá as obras de certas almas, que só então salvar-se-ão. (Cr, 3.)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A demolição da Igreja em estado avançado! O que nos espera 2017?



O Papa Francisco encara “com profunda gratidão ao Senhor Jesus Cristo” os “numerosos passos dados nas últimas décadas nas relações entre Luteranos e Católicos”, e isso “não só através do diálogo teológico, mas também mediante a colaboração fraterna em múltiplos âmbitos pastorais”. 

Recebendo nesta segunda-feira, uma Delegação da Federação Luterana Mundial, juntamente com membros da Comissão Luterano-católica para a unidade, o Santo Padre recordou que o “ecumenismo espiritual constitui, num certo sentido, a alma do nosso caminho em direcção à plena comunhão”.

O Cavalo Vermelho - Símbolo do Comunismo



Dom Bosco disse a alguns que lhe rodeavam depois do almoço:

— Este mês teremos que assistir a um funeral.

Em distintas ocasiões repetiu o mesmo uma e outra vez, mas sempre ante um reduzido número de ouvintes. 

Estas confidências despertavam nos clérigos uma grande curiosidade, de forma que, nas horas de recreio, quando as ocupações o permitiam, rodeavam ao (Santo) com a esperança de ouvir de seus lábios alguma novidade, e uma delas foi, como o compreenderam mais tarde, a intenção de (São) João Dom Bosco de fundar um instituto para atender às meninas. Em efeito, assim o consignaram por escrito Dom Bonetti e Dom César Chiala. 

Em 6 de julho o bom pai narrou a alguns de seus filhos o seguinte sonho que teve na noite do 5 ao 6 do dito mês. Estavam pressentes Francesia, Savio, (Beato) Miguel Rúa, Cerrutti, Fusero, Bonetti o Cavalheiro Oreglia, Anfossi, Durando, Provera e algum outro.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Quando resistir ao Papa é um dever.

O caso singular do bispo Robert Grossateste.
Por Cristiana de Magistris | Tradução: Fratres in Unum.com * – O nome do bispo inglês Robert Grossateste (1175-1253) é quase totalmente desconhecido do mundo italiano. Para os poucos que têm alguma erudição, ele é notável por sua genialidade no campo científico, onde suas obras são consideradas de valor inestimável, a ponto de lhe terem merecido o título de “pioneiro” de um movimento científico e literário, bem como de “primeiro” matemático e físico de seu tempo.
Mas Robert Grossetesta foi acima de tudo um Bispo santo, que se distinguiu por seu zelo em promover a salus animarum e por seu amor ao papado.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Confraria do Rosário






A Confraria do Rosário pretende responder – de acordo com a sua condição – aos pedidos da Santíssima Virgem em Fátima. Rezando afim de que o Papa consagre a Rússia ao Coração Imaculado de Maria pedindo aos bispos de todo o mundo que se unam a ele, ela não esquece o que Nossa Senhora quis nos transmitir através de irmã Lúcia, a saber, que “Deus dava os dois últimos remédios ao mundo: o santo Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria, e sendo estes os dois últimos remédios, isso significa que não haverá outros para ele¹.

D. Lefebvre – um bispo na tormenta

Fonte: http://regisaeculorumimmortali.wordpress.com/2013/10/15/d-lefebvre-um-bispo-na-tormenta/

Peço aos leitores deste blog que experimentem um pouco mais suas paciências, porque mais uma vez começarei mais um dos meus extensos escritos, mas minha cabeça está em plena atividade, de maneira que preciso aproveitar a inspiração e descrever a razão de me manifestar mais uma vez.
Estou escrevendo ao mesmo tempo em que sou obrigado a ouvir as lamentáveis cirandas que tocam neste momento na igreja matriz próxima de meu apartamento. Estou há pouco mais de um ano e meio vivendo em uma cidade do interior da Bahia, e de minha janela posso ver o altar do Sagrado Coração de Jesus, de uma ampla igreja em estilo colonial. Mas meu consolo para por aí. Não sei em outros estados, mas na Bahia é comum que as igrejas matrizes tenham microfones voltados para a rua, de forma que posso ouvir (para meu desgosto!) todas as tolas cantigas que vêm da igreja – que eu, diga-se de passagem, no passado ajudava a fazer coro. Literalmente. Hoje em dia escuto a cadência dos instrumentos que acompanham as músicas e, convenhamos…! Quando não são músicas carismáticas, em tudo semelhantes a qualquer seita pentecostal, se tratam daquelas músicas acompanhadas de pandeiro, tambor e violão, num ritmo que lembra muito aquelas musiquinhas de circo ou parque de diversões… Do que foi feito dos hinos antigos ou do canto Gregoriano, ou da Polifonia, ou do trabalho de tantos gênios da música? Vou reformular: do que foi feito do esforço humano para oferecer a Deus o melhor de si? Retiraram tudo isso para oferecer algo popular, sob pretexto de ser algo mais “do coração” do povo? Ora, bolas!!!!!!! Agradar a Deus é ter um coração contrito e humilhado; É se emendar e fazer resolução de não mais pecar! A intenção de dar a Deus o que Lhe é de direito, esta sim é bem acolhida por ele, que sonda os corações. A pretexto de aproximar o povo do altar (como se a Igreja que sempre foi assistida pelo próprio Cristo houvesse caído em erro por todos estes séculos), se desceu o nível. decaiu, decaiu, decaiu. E quem se elevou com isso? O que eu percebi desde minha infância foi a elevação dos egos, a começar pelo meu próprio, porque me recordo da minha disputa com os outros pelo microfone, para cantar estas cirandas de jardim de infância!

Perdoem-me, leitores. Como sempre, divaguei tanto que fugi completamente do tema. Vamos lá. Falemos sobre o título deste artigo. Dom Lefebvre: um bispo na tormenta. Creio ser desnecessário apresentar este arcebispo, um homem que me considero indigno de tecer um elogio, pois quando penso já admirá-lo bastante, sempre descubro que o velho monsenhor me surpreende positivamente. De forma que não o elogio pelo fato de saber que não tenho o direito de falar diretamente de um homem que em vida foi tão conformado com a vontade de Deus. Mas posso indicar fortemente, entusiasticamente, urgentemente que assistam o filme D. Lefebvre – um bispo na tormenta.
Em relação ao filme, não digo isso por considerar o filme impecável, perfeito, completo. Digo que o filme, em termos de conteúdo é SUFICIENTE. Em alguns detalhes ele poderia se deter um pouco mais, mas em si é SUFICIENTE, e tenho certeza que, assim como o recebi apenas hoje, muitas pessoas – inclusive pessoas que não são tradicionalistas – já devem ter acabado de assistí-lo, ou estão aguardando por seu recebimento. Pois quem não o tem, procure obtê-lo. É um conselho que dou.
Permitam-me uma pequena reflexão que tive, assistindo-o: Monsenhor Lefebvre passou uma boa parte do seu tempo desejando por todos os meios uma solução canônica que reconhecesse a fraternidade sacerdotal que o mesmo fundou, mas que de maneira alguma se sentia dono, porque como bom católico, ele sabia que a regularização canônica é um bem indigno de ser desprezado, pois aos olhos da Igreja é um endosso e um encorajamento para que os cristãos dela se aproximem para colher seus frutos.
E no entanto, na contramão de seu desejo, ele fez precisamente o contrário! Vejam bem! Ele em seu coração desejava uma união canônica, mas o simples bom-senso, a simples honestidade intelectual, ao invés de buscar um bem para sua “facção”, ao invés disso – e prevendo a incompreensão de muitos de seus apoiadores, e o abandono de vários deles – o levou a tomar uma posição definitiva e firme: diante do mundo inteiro ele disse um sonoro BASTA aos enlouquecidos de Roma, daquela Roma que ele não reconhecia como a mesma Roma de seus tempos de seminarista, quando o padre Le Floch era o reitor do Seminário Francês, daquela Roma tão amada por D. Lefebvre pelo sangue de seus mártires, pelas virtudes de seus santos, pela voz de seus papas, pela dignidade de suas basílicas… Esta Roma que, tenho certeza, esteve naquele coração idoso até o último suspiro, pois é a Roma de todo católico verdadeiro, é o prenúncio da Nova Jerusalém, é a capital da Igreja neste mundo, é o lugar da Cátedra do chefe do Colégio Apostólico, a quem foi dada autoridade, e de quem Cristo em pessoa fundou e ainda agora edifica a Sua Igreja, Sua Esposa, cuja prole é imensa e se estende por todo o mundo, e seguirá fértil até a consumação dos séculos.
Dom Lefebvre foi a prova viva de que, acima de tudo, acima até mesmo da vontade pessoal – por mais legítima que seja, por mais virtuosa que seja – existe uma responsabilidade superior que obriga a se deixar levar para lugares onde não se deseja. Percebam: Dom Lefebvre anelava em ver uma fraternidade reconhecida pelo Vaticano, em pé de igualdade com qualquer instituto. Era um desejo ardente. E no entanto, apesar de seu desejo pessoal – muito legítimo – rompeu com a mesma Roma, e sagrou não um, mas quatro – QUATRO bispos sem mandato apostólico, de forma a deixar claro que a Tradição não poderia correr riscos, e não deixaria apenas um bispo como sucessor, para garantir que dos quatro, em períodos de dificuldade, houvesse sempre algum ou alguns que não cairiam diante do Leviatã Modernista. Um bispo sozinho poderia em um dado momento sofrer uma morte súbita, ou algum impedimento de qualquer ordem, ou simplesmente se cansar e entregar os pontos. Mas quatro bispos? Foi uma garantia para a Tradição, mas também foi pedir para romper com Roma.
De que raro discernimento podemos enxergar agora, passados 25 anos… Certas coisas não são compreendidas no calor do momento, mas precisam de tempo para ser bem assimiladas, e só agora se pode perceber um pouco da envergadura de caráter de um arcebispo, um bispo (D. Castro Mayer) e alguns católicos, contra o mundo inteiro!
E à medida que o filme passa, constatamos indiretamente o desespero dos católicos que queriam permanecer católicos como aprenderam no catecismo que receberam de seus pais, que foi transmitido por seus avós, desde séculos e séculos… Após a crise entre D. Lefebvre e o Vaticano, na década de 70, pelo CRIME de ter ordenado sacerdotes utilizando os livros litúrgicos que a Igreja sempre usou até o pós-Concílio, e o DESCARAMENTO de permanecer rezando a missa que sempre foi rezada no ocidente latino, Dom Lefebvre foi suspenso a divinis, ou seja, proibido de ministrar qualquer sacramento.
Qual pecado? Qual acusação? De ser fiel ao que era feito até dez anos atrás? Então era pecado o que se fazia dez anos antes? O papa ao puni-lo por estes razões, não estava condenando indiretamente todas as práticas católicas até o Concílio Vaticano II?
O papa pode condenar toda a Igreja Católica?
O que dizer deste atrevimento? Foi uma audácia irresponsável, ou foi antes uma reação esperada, diante do tsunami que do dia para a noite alterou TUDO no dia-a-dia da Igreja, não poupando sequer as vestes dos religiosos?
Pois, voltando ao filme: mesmo após a suspensão – que ele não via outro alternativa a não ser desacatar – na primeira viagem que D. Lefebvre fez em missão para a França, o mesmo, após definir que rezaria missa e pregaria na cidade de Lille para um público de 500 pessoas, ouviu dos organizadores vários telefonemas alterando a cada dia o local do encontro, por não poderem conter a quantidade de fiéis que queriam assistir Missa Tradicional e necessitavam de alguém que lhes explicasse o que acontecia com a Igreja.
A missa para 500 pessoas terminou tendo um público 20 vezes maior. Dez mil pessoas acorreram ao encontro de D. Lefebvre, dez mil fiéis desgarrados como ovelhas sem pastor, escandalizados com seus padres que há pouco tempo lhes guiavam e lhes alimentavam com os Sacramentos.

Voltando às divagações.

Sou muito grato ao meu livreto Instrução Religiosa – o qual está todo publicado neste blog – por um de seus curtíssimos e profundos ensinamentos, logo nas primeiras páginas.
“Devemos servir a Deus como Ele quer ser servido, e não como nos convém”
Caros e pacientes leitores, será que vocês percebem o que vejo nesta máxima acima? Vocês podem perceber o puro teocentrismo que esta frase conduz? A frase diz que Deus está no centro, e nós estamos na periferia. Diz que diante de Deus nossa vontade fica em segundo plano. Diz ainda mais do que isso: que independente de nossa intenção, por boa ou ruim que seja, diante da Vontade de Deus ela deve ser MORTIFICADA. Nem sempre a vontade de Deus é a nossa vontade. Eu ou você, leitor, podemos ter a melhor das boas intenções e das vontades de ver o triunfo da Igreja de Cristo, mas nossas intenções são areia diante dos desígnios de Deus. É extremamente complicado falar disso, pois como somos criaturas decaídas pela concupiscência que o Pecado Original nos legou, muitas vezes tendemos a identificar como vontade de Deus o que é na verdade o nosso próprio ego.
E tenho certeza que isso passou na mente do arcebispo Lefebvre, porque é sabido que até horas antes de enfurecer o Vaticano com a sagração dos bispos, o pobre octogenário se via atormentado com a idéia de que porventura estivesse fazendo prevalecer o seu parecer!
Mas como poderia ser apenas obra de seu ego, se tinha diante de si multidões de almas aflitas que se acotovelavam para vê-lo repetir o que a Igreja sempre fez? De almas que compartilhavam com ele os mesmos dramas, as mesmas dores, o mesmo sofrimento em ver os padres, os bispos e cardeais, o próprio papa sabotando a Igreja?
Conta-se que no encontro de Assis um monge beneditino foi arrastado pela polícia, porque reagiu diante de uma cerimônia pagã feita em cima do altar de uma igreja católica. Até mesmo o cardeal Silvio Oddi, que de maneira alguma estava “brigado” com Roma, mas pelo contrário, foi expectador desta abominação onde todas as religiões falsas se confraternizavam com o sucessor de São Pedro, o cardeal horrorizado com tantos absurdos, disse: “o escândalo entrou em meu coração”. Imaginem que punhalada não sofreu este pobre arcebispo fiel, que passou a vida a servir a Igreja por amor, e no final de sua existência sofria calado não tanto a ingratidão dos chefes da Igreja de Cristo, mas o desdém com que os mesmos reservavam para as coisas sagradas…
O beato João Paulo II pode contar entre seus milagres o de não ter conseguido fazer infartar o arcebispo Lefebvre, que naquela altura padecia de câncer.
Por incrível que pareça, a abominação de Assis terminou por tornar-se um elo entre mim e o monsenhor. Eu tinha apenas quatro anos quando isso aconteceu. Mas isso repercutiu dez anos depois, quando em plena adolescência tomei conhecimento desta idolatria da pior maneira. As Testemunhas de Jeová usavam esta munição para matar o cristianismo das almas, e esta constatação não me arrancou da Igreja por um triz. Mas ainda lembro quando eu dizia para mim mesmo “não sei mais se sou católico”.
Alguém mande pendurar na conta do beato este milagre. Ele conseguiu a proeza de não matar um coração de um velho arcebispo, e de não conseguir a apostasia de um católico. Meu Deus, eu espero um dia me libertar desta revolta, preciso me humilhar e arrancar isso de meu coração, ou terei que pagar também por mais este defeito.
Como poderia ser o próprio ego, se a inclinação de Dom Lefebvre desejava exatamente o contrário? Não a ruptura, mas a regularização! Dom Lefebvre compareceu em todas as ocasiões em que foi chamado por Roma, mandou abrir todas as casas da FSSPX para todas as inspeções que lhe ordenaram, e chegou mesmo a assinar – porque era o seu ego falando – um documento de regularização. Documento esse que o mesmo, chegando em casa, e sem que ninguém lhe pressionasse – que fique bem frisado, no dia seguinte apressou-se em renegar, voltando atrás com a palavra dada, pois se tratava muito mais do que honra pessoal. E honra para um homem sério tem VALOR. Hoje quase ninguém nem sabe o que isso significa… Mas D. Lefebvre foi de outra época, de outra formação, do tempo em que a decência ainda tinha seu lugar.
E com isso podemos voltar à máxima que destaquei acima:
“Devemos servir a Deus como Ele quer ser servido, e não como nos convém”
Se fosse a vontade dele, seríamos hoje o que é Campos, o que é a FSSP, o que é qualquer grupinho que para não perder a Sé perde a Fé, ou seja, que negocia os princípios para poder ostentar regularização…
Minto. Seríamos MENOS do que esses grupos. Porque se Roma concedeu a estes algum benefício a mais, foi exatamente para fidelizá-los sob sua influência, afinal de contas, quanto mais se recebe, mais se tem a perder; para diminuir neles a tentação de unirem-se ou voltarem à FSSPX, ou para persuadir a própria FSSPX a deixar as almas em segundo plano e acomodar-se num conforto jurídico, como se os cristãos verdadeiros que sofreram em todos, TODOS os tempos tivessem levado a palma da vitória por outra via que não fosse a do martírio ou da incompreensão!
Os cristãos poucas vezes são realmente ‘cristãos’ quanto nas vezes em que são martirizados ou atormentados. O que seria dos cristeros mexicanos se Deus não lhes permitisse serem chacinados pela maçonaria? Talvez acabassem sendo os católicos meia-boca que pululam por todo lado…
E assim viveu o monsenhor. E assim morreu o monsenhor. No final de sua vida, por seguir sua consciência, assim como Cristo foi crucificado entre malfeitores, monsenhor Lefebvre, que eu não ouso comparar a Nosso Senhor – que é Incomparável -, mas que ouso ressaltar seu fim – terminou seus dias escarnecido pelo populacho, excomungado, marginalizado como se malfeitor fosse!
Cismático! Cismático! Quantos e quantos não disseram isso dele?
E no filme alguns poderão ver de passagem qual bispo serviu como diácono em seu funeral: D. Rifan. O mesmo D. Rifan que chama de cismática a mão que lhe alimentou. Que Deus se apiede, oremos por este bispo cujo sobrenome parece ter mudado de substantivo a um verbo. De Rifan, parece agora rifar… Ou será que me engano?
Mas esta resposta me faz recordar também do que a Virgem Maria garantiu a Bernadette, em sua aparição: “(…) não prometo fazer-lhe feliz nesta vida, mas na outra!”. E além da consciência tranquila, D. Lefebvre, da parte da maioria dos homens recebeu incompreensões e insultos em vida. Que Deus o tenha em bom lugar!
No final, uma de suas irmãs conforme a carne (e quiçá também conforme o espírito) pergunta a ele sobre o futuro da Fraternidade após sua partida. Como resposta ouve: “Não me causa preocupação. Se for de Deus, vingará e dará fruto. Se não for, simplesmente morrerá”.
Agora respondam, homens de coração duro: se uma resposta destas não é de um homem de fé verdadeiramente católica, o que seria uma resposta mais perfeita do que esta?
O que mais me deixa estupefacto é alguém ler essas linhas e não se mover de onde está! E não fazer nada, não reagir, não unir forças contra todo este oceano de maldades que um arcebispo idoso teve a coragem de enfrentar!
E a FSSPX sem dúvida, longe de desaparecer, cresceu e deu muitos frutos.
E ainda dá.
Mas agora, depois de todos esses anos, agora, assim como o mundo da voltas e às vezes a História parece se repetir, agora a fraternidade vive uma crise aguda que, olhando de longe, parece algo como um risco ou umas pedrinhas soltas em torno de uma muralha, mas em seu interior parece uma fenda que ameaça de uma hora para outra abrir-se e esmigalhar todo o edifício.
Faz-me recordar a alegoria do sonho do rei da Babilônia, em que sonhava com uma estátua com cabeça de ouro, peito de prata, coxas de bronze, e pés de barro e ferro. Ou seja: um reino dividido que em um dado momento trincará e derrubará todo o edifício.
Costumo dizer que, se somos homens e estamos vivos, nunca é tarde para nos emendar-nos, então as coisas não precisam necessariamente seguir um determinismo. Creio que, se for da vontade de Deus, e através de muita penitência e oração, se poderá ainda, com muita humildade e abandono a Deus, reverter o quadro e ao menos tentar restaurar muito do que já foi quebrado.
O que se quebrou na FSSPX de maneira evidente, desde o ano passado foi a CONFIANÇA. D. Lefebvre nos ensinou que nem sempre a nossa vontade – por muito legítima que seja – pode ser atendida, ainda que pareça justa. Ainda que nos console.
Ele quis uma coisa, mas fez outra totalmente diferente, porque há um hiato entre o que se quer fazer e o que se deve fazer. Que melhor exemplo de teocentrismo do que renunciar à própria vontade por causa de Deus?
E por outro lado, meditemos nos Evangelhos as atitudes sempre tomadas por Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele sempre foi muito claro e sempre recomendou muita transparência aos seus. Sempre foi de uma palavra só: Sim, sim, não, não. O que passar disso vem do MALIGNO.
Não existe, não existe, não existe, não existe outra maneira, não há outra saída. Não é cristão acercar-se de Roma através de DISSIMULAÇÕES, tentando converter Roma por dentro. Este método traiçoeiro foi usado pelos modernistas e por todos os filhos da serpente, pessoas de língua dupla e desonradas. PARA SE PROPOR A BOA NOVA, ALÉM DO SIM, SIM, NÃO, NÃO, OUTRA MANEIRA NÃO HÁ!
Não estou fazendo julgamento pessoal do papa ou de cardeal ou bispo algum que está mergulhado neste lodaçal de princípios. Mas se eles NÃO MANIFESTAM VONTADE DE MUDAR, permanecerão querendo o que não podemos aceitar, e esta queda de braço vai durar até que alguém seja vencido pelo cansaço e passe para o outro lado!
Por favor! Nosso Senhor não nos pede a vitória, mas Ele nos pede a luta! Os cristãos martirizados no Coliseu venceram porque resistiram até o fim. Não foi por uma época, não foi por um período, mas até a reta final.
Depois de 25 anos nós podemos ver como o trabalho de D. Lefebvre – que provou ser mesmo obra de Deus – deu seu fruto, e como seus opositores se cobriram de ridículo. Agora estamos diante de uma crise. Precisaremos de mais 25 anos para contabilizar a sua real extensão?
Preciso confessar a vocês algo que muitos aqui não sabem: Eu, pessoalmente nunca gostei muito de D. Williamson. Dos meus tempos de “amigo da Montfort *”, sempre concordei com eles que o mesmo seria o pior dos quatro. Mesmo depois quando me distanciei deste grupo e passei a ter uma visão menos antipática ao bispo, apesar de ter aderido à causa da FSSPX, via nele certas atitudes que me pareciam demasiado problemáticas, e também me pareceu de uma ingenuidade lastimável o episódio em que o mesmo monsenhor se deixou enredar na armadilha que constituiu a entrevista que levou àquele imenso falatório em torno das câmaras de gás e acusações de antissemitismo.
Nunca morri de amores. Aliás, não sei mudei muito em relação a isso, ao contrário de alguns que sempre tiveram afinidade com ele, e isso está evidente na própria Rede Mundial de computadores. Quem quiser pesquisar o que escrevi e que ainda consta no orkut, ou talvez pesquisando simplesmente no google ou como preferir, poderá constatar que estou sendo verdadeiro no que afirmo. Assim como poderá ver também a benevolência que eu tinha com o Superior Geral, D. Fellay.
Mas não se trata do meu gosto, nem da minha vontade.
Há muito tempo monsenhor Williamson enxergou que, muito lentamente mas com um tímido avanço, sob uma aparência de convicção, de alguma maneira a intenção de D. Lefebvre estava sendo substituída, talvez até mesmo inconscientemente… Mas estava sendo eclipsada!Provavelmente o que menos despertou minha simpatia por D. Williamson foi ver sua inabalável dureza em cortar qualquer conversa com Roma, pois para ele parecia mais fácil fazer isso do que para D. Lefebvre, que tinha o desejo confesso de regularizar a FSSPX, apesar de ter sabido mortificar sua inclinação na hora devida. Mas a aparente indiferença de D. Williamson me levava a considerá-lo – e se estou errado, que Deus me perdoe – como um espírito mais propenso ao sectarismo, ou ao cisma.
Quanto a D. Fellay, eu mesmo era mais inclinado a ouvi-lo e a concordar com que o mesmo dizia… Podem procurar no Fratres in Unum. Há poucos anos ele esteve aqui na Bahia para crismar alguns católicos e eu mesmo fiz uma espécie de cobertura de imprensa, que rendeu inclusive um artigo que lá se encontra.
Mas o próprio passar do tempo me fez ponderar melhor a situação . Sempre desconfiei muito de minhas certezas (claro que não me refiro ao dogma ou à Fé Católica, minhas incertezas neste campo há muito já foram eliminadas). Minhas mudanças sempre foram lentas, porque até onde eu sei não recebi de Deus nenhum privilégio para ser inerrante… Enfim, passei a refletir um pouco mais a respeito.
Constatei que o pontificado de Bento XVI poderia – apesar dos pesares – trazer algum conforto aqui e ali, poderia trazer uma relativa melhoria neste ou naquele assunto, mas em SUBSTÂNCIA, seria uma continuidade da crise em que estamos vivendo.
O papa Francisco é a prova viva do que estou dizendo. De uma tacada só ele praticamente deitou abaixo quase oito anos de um pontificado baseado na diplomacia, e que levou Bento XVI a derrota por não ter sido quente nem frio, mas MORNO.
Então percebi que a igreja conciliar e a Tradição – que a FSSPX defende – apontam para sentidos opostos. Estão tão distantes quanto o norte está do sul. E percebi que não havia vontade de conversão em nenhum dos dois campos. Nem mesmo D. Fellay queria transformar a FSSPX num grupo modernista, e muito menos o próprio Bento XVI desejaria exorcizar o modernismo do Concílio.
Querem uma prova? Qual foi a reação de Bento XVI às teses de Monsenhor Gherardini? No entender de Bento XVI, corrigir o Concílio e dar-lhe uma interpretação católica e definitiva era ir longe demais… Bento XVI era e é um homem do Concílio.
Não havia mais como se levar adiante. As conversações doutrinais que duraram tanto tempo terminaram em que? Os dois campos encastelados em seus pareceres.
E monsenhor Williamson e alguns poucos conseguiam enxergar o abismo. Até mesmo o blog radio Cristiandad (que não suportava, e ainda hoje não consigo ler) repetia o alarme.
Não tinha jeito mesmo. A solução prática mais uma vez – como sempre foi na história da Igreja – era a da pura e simples intransigência.
A simples palavra já soa mal, nos remete à cegueira dos sectários. Mas a intransigência nem sempre é fanatismo. Às vezes é um remédio muito amargo que se deve tomar, na falta de outra solução. Não foi intransigência sagrar os quatro bispos sem mandato?
Então, no ano passado D. Fellay nos põe na beira do abismo. Quando surgiram os rumores de que Roma tentaria forçar o ingresso da FSSPX através de uma regularização canônica, no meio de toda aquela pataquada de exigências (como é que um católico pode lidar com o sucessor de Pedro e arrancar-lhe garantias? O papa é nosso superior, isso simplesmente NÃO EXISTE!!!!), EM MEIO A TUDO ISTO, D. Fellay diz em outras palavras que “pessoalmente preferiria que a FSSPX permanecesse como está… Mas Roma não quer mais…”
Ou seja: o Superior estava anunciando a submissão “a contragosto”. Mas Roma, talvez prevendo que, longe de arrastar a Fraternidade, terminaria por arrastar uma facção que talvez fosse muito menor do que se esperava, e por outro lado, com o esperneio do herege Muller, prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, e pela própria nota papal, em que o pontífice esclarece mais uma vez a posição oficial da Roma Conciliar, o acordo naufragou.
Mas a confiança em D. Fellay naufragou junto.
Como a grande maioria dos fiéis estava anestesiada, assim como eu estava há não muito tempo, então ninguém se deu conta da gravidade da situação. Ninguém se deu conta que, independentemente do que se passava na cabeça de D. Fellay ao expulsar D. Williamson da mesma Fraternidade, objetivamente D. Fellay estava de uma maneira ou de outra, livrando-se do seu maior obstáculo.
Não sei se ele percebeu o quão autocrata estava sendo. E o quão estranha era a sua postura de Superior Geral, com poder de expulsar inclusive um bispo sagrado pelo próprio D. Lefebvre!
D. Lefebvre, que sempre deixou claro que não tinha direito ou poder algum sobre seus seminaristas. O que diria ele ao ver o poder de fogo alcançado por seus sucessores?
Pois agora estou com o coração na FSSPX e o cérebro na resistência capitaneada por D. Williamson. Eu não deixo de acompanhar com certa alegria as ordenações sacerdotais em Écône e alhures, minha inclinação (ainda) é para a FSSPX, mas sei que – com todo o meu desânimo, ou apesar dos pesares – D. Williamson e seus padres refratários, cuja resistência em termos até mesmo numéricos cresce devagar e sempre, com uma gradual e lenta adesão de padres, leigos e religiosos – está com a razão. E devo segui-lo. É duro, é muito duro dizer isso, mas por amor à Igreja Católica Apostólica Romana, deve-se fazer um cordão de isolamento total contra o clero conciliar – a começar pelo papa, e por todos os outros contaminados pelo liberalismo católico – e rezar por eles. E não ter previsão para mudanças, aliás, não esperar nesta vida alguma alteração, a menos que haja uma visível e completa conversão do lado dos que sustentam a igreja conciliar.
É duro, não é? Mas se é para ter moleza, melhor desistir de ir para o Céu, porque está escrito que “O Reino de Deus sofre violência, e todo dia os violentos o arrebatam” (Mt. XI, 12).
Bem, e quanto ao filme de D. Lefebvre? Ora, adquira-o!
(*para quem não conhece, é um grupo de leigos católicos de viés tradicional, agrupados em torno do falecido professor Orlando Fedeli, que tem sede na cidade de São Paulo, e foi por vários anos a principal referência, em termos de internet, do tradicionalismo católico no Brasil. Transmite uma impressão de ser desvinculada de qualquer instituto ou fraternidade tradicionalista, e hoje em dia – ao menos em termos de referência, perdeu claramente dinâmica e fôlego – ao menos em meio virtual, à medida em que se multiplicaram os blogs tradicionalistas ou de apologética, além de uma aproximação com grupos Ecclesia Dei – em suma: perdeu muito do prestígio que lhe restava dos tempos em que vivia o fundador. Para alguns, a mesma associação em certos momentos, diante de escândalos evidentes na Igreja, mantêm um silêncio escandalosamente comprometedor, e que destoa de seu perfil tradicionalmente conhecido por ser outrora combativo)