Ipatinga, 31 de Dezembro de 2014.
Ao
Exmo. Sr. Bispo Dom Marco Aurélio Gubiotti,
Bispo titular da Diocese de Itabira- Coronel Fabriciano.
Senhor Bispo, a finalidade desta
carta é impugnar publicamente o “Comunicado
ao Clero e ao Povo de Deus da Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano”
assinado por vossa excelência no dia 18 de Dezembro de 2014.
A sua atitude de afirmar que a Missão
Cristo Rei esta fora da Igreja foi imprudente e caluniosa, porque as
argumentações utilizadas não servem objetivamente para nos caracterizar como
acatólicos.
Em seu comunicado, Vossa Excelência
afirma que estamos fora da Igreja por não aceitarmos o Concílio Vaticano II.
Cabe esclarecê-lo que:
1- O Concílio não é infalível e nem
dogmático.
2- A Doutrina da Igreja exige assentimentos
diferentes aos diferentes tipos de atos do Magistério, concedendo, até mesmo, o
direito de resistência.
3- Há inúmeros erros no Concílio.
4- A resistência aos erros conciliares
não extingue um fiel da Igreja. .
Sobre a infalibilidade, o próprio
Papa Paulo VI afirmou categoricamente que o concílio “evitou proclamar de modo
extraordinário dogmas dotados da nota de infalibilidade[1]”.
Em razão de sua natureza liberal, dialogante e relativista, o Concílio passou
longe de cumprir os requisitos de infalibilidade definidos no Concílio Vaticano
I[2].
Posto isto, é necessário saber que a
mesma Doutrina ensina que os graus de assentimento dados pelos fiéis aos atos
do Magistério são diferentes, variando de acordo com o grau de autoridade e
respeitando a própria natureza do intelecto humano, exatamente como diz São
Tomás de Aquino, em De Veritate[3].
Ademais, os doutores da Igreja e principais teólogos, considerando a
possibilidade do Magistério errar - quando não usa de infalibilidade – defende até
mesmo que os fiéis resistam, em casos de erros doutrinais. Sobre isto, fala São
Roberto Belarmino, outro doutor da Igreja: “Tal
como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, também é lícito
resistir ao que agride as almas ou perturbe a ordem civil, ou, acima de tudo,
que tente destruir a Igreja. Digo que é lícito resistir-lhe não fazendo o que
ele ordena e evitando que a sua vontade seja executada..[4]”.
Frente à doutrina tão clara e a
incompatibilidade do Vaticano II com o Concílio de Trento, Pascendi, Syllabus,
Quanta Cura, Lamentabile etc, fica
evidente, senhor bispo, que nossa resistência aos ensinamentos falíveis do
Vaticano II tem previsão teológica-doutrinal
e não nos tira da comunhão com a Fé. Em fim, sua afirmação de que estamos fora
da Igreja é caluniosa e injusta. Quem está fora da Igreja são os que, em
detrimento da doutrina bimilenar da Igreja, aceitam passivamente a doutrina
conciliar, saindo da comunhão com os santos apóstolos e doutores que passaram
por este mundo ensinando uniformemente a Verdade.
Ainda sobre o Comunicado, o senhor
afirmou que Monsenhor Lefebvre foi cardeal e que nossa Missão/Associação está ligada a
Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Fique informado que D. Lefebvre foi
arcebispo e que nossa Missão/Associação não está ligada a dita Fraternidade, que desde o
Capítulo de 2012, afastou-se oficialmente dos princípios de seu fundador.
Ainda sobre informações, cabe
perguntá-lo: O senhor teria notícias de
que há sacerdotes nesta Diocese pregando heresias sem escrúpulo algum? Que há
inúmeros maçons, comunistas e pentecostalistas na liderança de movimentos e
pastorais? Que um bispo emérito faz apologia pública à maçonaria? Por que eles estão dentro e nós fora? Eles estariam dentro, mesmo
desobedecendo a ensinamentos dogmáticos, e nós fora por contestar um concílio
falível e heterodoxo em sua natureza? Cadê o critério, excelência?
Em fim, senhor bispo, frente a
tamanhas barbaridades ditas no Comunicado e a falta de critérios de vossa
parte, resta-nos repudiar tal documento e pedir, confiando em sua honestidade,
que leia, também, nossa resposta em todas as paróquias, posto que seria uma
injustiça não nos conceder o direito de réplica. Esperamos,
sinceramente, não precisar fazer uso do art. 208 do Código Penal.5
Respeitosamente,
Bruno Henrique Cruz
Presidente da Associação Santo Atanásio.
[1]
Locução do dia 12 de Janeiro de 1966, semanas após o encerramento do Concílio.
[2] Pastor
Aeternus, Concílio Vaticano I, 1870.
[3] De
Veritate, q. 14, a.1, corpus.
[4] De
Romano Pontifice, lib. 2, chap. 29, Opera omnia, Paris: Pedone Lauriel, 1871,
vol. 1, p. 418).
[5] Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de
crença ou função religiosa; ou perturbar cerimônia ou prática de culto
religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de impedir culto religioso.
Em espanhol:
Tradução: Srta. Carla d'Amore.
Em espanhol:
Tradução: Srta. Carla d'Amore.
Al Excmo. Sr. Obispo Marco
Aurelio Gubiotti,
Obispo titular de la Diócesis
de Itabira- Coronel Fabriciano.
Señor Obispo, el propósito de
esta carta es impugnar públicamente el "Aviso al clero y al pueblo de Dios
de la Diócesis Itabira - Coronel Fabriciano" firmado por su Excelencia el
18 de diciembre de 2014.
Su actitud de
afirmar que la Misión Cristo Rey está fuera de la Iglesia fue imprudente y
calumniosa porque los argumentos utilizados no sirven objetivamente para
caracterizar a nosotros como no católicos.
En su declaración,
Su Excelencia afirma que estamos fuera de la Iglesia por no aceptar el
Concilio Vaticano II. Cabe aclarar a usted que:
· El Concilio no es
infalible ni dogmático.
· La doctrina de la
Iglesia exige asentimientos distintos para los distintos tipos de actos del
Magisterio, dando, incluso el derecho de resistencia.
· Hay numerosos
errores en el Concilio.
· La resistencia a
los errores conciliares no extingue un fiel de la Iglesia.
Acerca
de la infalibilidad, el mismo Papa Pablo VI afirmó categóricamente que el
concilio "evitó proclamar de modo
extraordinario dogmas dotado de la nota de infalibilidad[1]". Debido a su
carácter liberal, dialogante y relativista, el Concilio pasó lejos de cumplir
con los requisitos de la infalibilidad establecidos en el Concilio Vaticano I[2].
Dicho
esto, es necesario saber que la misma Doctrina enseña que los grados de
asentimiento hechos por los fieles a los actos Magisterio son distintos, que
varían según el grado de autoridad, respetando la propia naturaleza del
intelecto humano, exactamente como dice Santo Tomás de Aquino, en De Veritate[3].
Además,
los doctores de la Iglesia y los teólogos principales, teniendo en cuenta la
posibilidad del Magisterio equivocarse - cuando no utiliza de la infalibilidad
- defienden incluso que los fieles resistan, en caso de errores doctrinales.
Sobre esto, dice San Roberto Belarmino, otro doctor de la Iglesia: "Como es lícito resistir al Pontífice que
ataca el cuerpo, también es lícito resistir a al que ataca el alma o perturba
el orden civil o, sobre todo, que intenta destruir la Iglesia. Digo que es
lícito resistirle no haciendo lo que ordena y evitando que su voluntad sea
ejecutada.[4]”
Frente
a la doctrina tan clara y a la incompatibilidad del Concilio Vaticano II con el
Concilio de Trento, Pascendi, Syllabus, Quanta Cura, Lamentabile etc.,
es evidente, señor obispo, que nuestra resistencia a las enseñanzas falibles
del Vaticano II tiene previsión doctrinal y no nos quita de la comunión con la
Fe. Al final, su afirmación de que estamos fuera de la Iglesia es calumniosa e
injusta. Quienes se encuentran fuera de la Iglesia son los que, en detrimento
de la doctrina bimilenaria de la Iglesia, aceptan pasivamente la doctrina
conciliar, saliendo de la comunión con los santos apóstoles y doctores que han
pasado por este mundo enseñando uniformemente la Verdad.
También
acerca del Comunicado dijiste que el Arzobispo Lefebvre fue el cardenal y
nuestra misión está unida a la Fraternidad San Pío X. Quédate informado de que
Monseñor Lefebvre fue Arzobispo y que nuestra misión no es unida a dicha
Fraternidad, que desde el Capítulo de 2012, se alejó oficialmente de los
principios de su fundador.
Incluso
acerca de informaciones, le toca preguntar: ¿Tiene usted noticias que los
sacerdotes de esta diócesis predican herejías inescrupulosamente? ¿Sabes que
hay numerosos masones, comunistas y Pentecostal en el liderazgo de movimientos
y pastorales? ¿Por qué están en la de la Iglesia y nosotros fuera? ¿Estarían
ellos en la Iglesia, incluso desobedeciendo las enseñanzas dogmáticas, y
nosotros estaríamos a cabo por impugnar un concilio falible en su naturaleza?
¿Dónde está el criterio, Excelencia?
Por fin, el obispo Señor, delante de tan grandes barbaridades dichas en el comunicado y la falta de criterios por su parte, solo queda a nosotros repudiar tal documento y pedir, confiando en su honestidad, que usted lea también nuestra respuesta en todas las parroquias, puesto que sería una injusticia no nos conceder el derecho de réplica.
Esperamos, sinceramente, no necesitar hacer uso del art. 208 del Código Penal.
Atenciosamente,
Bruno Henrique Cruz
Pres. Asociación Santo Atanásio.
[1]
Locución del día 12 de enero de 1966, semanas después del encerramiento del
Concilio.
[3] De
Veritate, q. 14, a.1, corpus.
[4] De Romano Pontifice, lib. 2,
chap. 29, Opera omnia, Paris: Pedone
Lauriel, 1871, vol. 1, p. 418.
[5] Art. 28, Código
Penal Brasileno: Burlarse de alguien publicamente, por motivo de creencia o
función religiosa; o perturbar ceremonia o práctica de culto religioso;
vilipendiar públicamente acto u objeto de culto religioso. Pena -
detención, de un mes a un año o multa.
Muito bem, gostei de ver!!
ResponderExcluirPor isso que mons Williamson sempre nos lembra: Doutrina, doutrina, doutrina!
E D. Tomas sempre reforça que é preciso estudar sempre.
Nós temos a Igreja do nosso lado, nós somos a continuação da Igreja.
Viva Cristo Rei!