"Há fraquezas tirânicas, debilidades perversas e vencidos que merecem sê-lo". (Charles Maurras)
Uma doença do espírito
Mais do que uma confusão, o catolicismo liberal é uma doença do espírito. Simplesmente o espírito não consegue descansar na verdade. Basta que ele se atreva a afirmar algo para que se apresente a ele o contrário, que ele se sente obrigado a considerar também. O Papa Paulo VI é o protótipo deste espírito dividido, de um ser de dupla personalidade. Inclusive podia-se fisicamente ler isto em sua face, em constante vai e vem entre as contradições, e animado de um movimento pendular que oscilava regularmente entre a novidade e a tradição. Dirão alguns: esquizofrenia intelectual?
Creio que o P. Clerissac viu a natureza desta doença em maior profundidade. É uma "falta de integridade de espírito", de um espírito que não tem "suficiente confiança na verdade":
"Esta falta de integridade do espírito nas épocas de liberalismo, se explica no lado psicológico, por dois aspectos: os liberais são receptivos e receosos. Receptivos porque assumem com muita facilidade os estados de espírito de seus contemporâneos; receosos porque por medo de contrariar estes diversos estados de espírito, se encontram em constante inquietude apologética; parecem sofrer eles mesmos as dúvidas que combatem, não têm suficiente confiança na verdade, querem justificar em demasia, demonstrar em demasia, adaptar demais ou mesmo desculpar em demasia."
(Do Liberalismo à Apostasia, págs.125, 126)
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