quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

INFORMATIVO MISSÕES CRISTO REI - 01


Para maior glória de Deus e bem das almas, damos início a esta série de instruções catequéticas e de formação sobre a crise da Igreja. Tenhamos claro que é importante permanecermos em guarda, firmes no combate. Nossos inimigos - o demônio, o mundo e a carne - são incansáveis, e é preciso uma "desintoxicação" contínua do modernismo. Devemos permanecer fiéis a Nosso Senhor, guardar a Fé e gravar a sã Doutrina em nossas mentes e corações, a fim de evitarmos ser tragados pela ilusão liberal e terminarmos na apostasia. Que a Virgem Santíssima nos guarde e conserve lúcidos.
Viva Cristo Rei! 

INSTRUÇÕES CATEQUÉTICAS


Do Catecismo Maior de São Pio X.
Instrução – Parte I
 Das Festas de Nosso Senhor

35. Que é a Quaresma?
Quaresma é um tempo de jejum e de penitência, instituído pela Igreja por tradição apostólica.

36. Para que fim foi instituída a Quaresma?
A Quaresma foi instituída: 1º. para nos fazer conhecer a obrigação que temos de fazer penitência em todo o tempo da nossa vida, da qual, segundo os Santos Padres, a Quaresma é a figura; 2º. para imitar de algum modo o rigoroso jejum de quarenta dias que Jesus Cristo fez no deserto; 3º. para nos preparar por meio da penitência para celebrar a festa de Páscoa.

37. Por que se chama dia das Cinzas o primeiro dia da Quaresma?
Chama-se o primeiro dia da Quaresma dia das Cinzas, porque a Igreja impõe naquele dia as cinzas na cabeça dos fiéis.

38. Por que impõe a Igreja as cinzas no princípio da Quaresma?
A Igreja, no princípio da Quaresma, impõe as cinzas a fim de que nós, lembrando-nos de que somos feitos de pó, e de que após a morte nos havemos de reduzir a pó, nos humilhemos e façamos penitência dos nossos pecados, enquanto temos tempo.

39. Com que disposição devemos receber as cinzas?
Devemos receber as cinzas com o coração contrito e humilhado, e com a santa resolução de passar a Quaresma em obras de penitência.

40. Que devemos fazer para passar bem a Quaresma, segundo o espírito da Igreja?
Para passar bem a Quaresma, segundo o espírito da Igreja, devemos fazer quatro coisas:
1ª. observar exatamente o jejum e mortificar-nos não só nas coisas ilícitas e perigosas, mas ainda, quanto pudermos, nas coisas lícitas, como seria moderar-nos nas recreações;
2ª. fazer orações, esmolas e outras obras de caridade cristã para com o próximo, mais do que em qualquer outro tempo;
3ª. ouvir a palavra de Deus, não por mero costume ou curiosidade, mas com o desejo de pôr em prática as verdades que ouvirmos;
4ª. ter grande cuidado em nos prepararmos para a confissão, para tornar mais meritório o jejum, e para nos dispormos melhor para a Comunhão pascal.

FORMAÇÃO SOBRE A CRISE DA IGREJA


Do Catecismo Católico da Crise na Igreja.
Pe. Matthias Gaudron
 Capítulo I – A Crise na Igreja

1. Há hoje uma crise na Igreja?

Seria preciso cobrir os olhos para não ver que a Igreja Católica sofre uma grave crise. Esperava-se, nos anos sessenta, na época do Concílio Vaticano II, uma nova primavera para a Igreja, mas foi o contrário que aconteceu. Milhares de padres abandonaram seu sacerdócio; milhares de religiosos e de religiosas retornaram à vida secular. Na Europa e na América do Norte, as vocações se tornam raras, e não se pode nem mais computar o número de seminários, conventos e casas religiosas que tiveram que fechar. Muitas paróquias permanecem sem padre e as congregações religiosas devem abandonar escolas, hospitais e asilos para idosos. “Por alguma fissura, a fumaça de Satanás entrou no Templo de Deus” – essa era a queixa do Papa Paulo VI em 29 de junho de 19721.

2. Esta crise é uma crise de Fé?

A Fé cristã parece em vias de desaparecer da Europa. As verdades fundamentais, como a fé em Deus, a Divindade de Jesus Cristo, o Céu, o Purgatório e o Inferno são cada vez menos aceitas. O mais inquietante é que esses artigos de Fé são negados mesmo por pessoas que se dizem católicas e freqüentam regularmente a igreja.

3. Esta crise é também uma crise moral?

A crise dos costumes acompanha a crise de Fé. Enquanto São Paulo lembra aos cristãos que devem pela sua maneira de viver brilhar em meio a uma geração corrupta assim como as estrelas brilham no Universo (Fl 2,15), pode-se dizer que o gênero de vida dos cristãos atuais não difere em nada daquele dos filhos deste mundo, daquele dos incrédulos. Sua Fé fraca e esvaziada em sua substância não tem mais força para influenciar sua vida, ainda menos para transformá-la.

+ Qual é a ligação normal entre a Fé e a Moral ?
O homem enfraquecido pelo pecado original tem tendência de se abandonar a suas paixões, perdendo assim o domínio de si. A fé cristã, ao contrário, mostra-lhe o que Deus espera dele e como se deve conduzir a vida conforme Sua Vontade. O homem sabe pela Fé o que ele pode esperar se observar os Mandamentos de Deus, mas também as penas com as quais Deus o punirá se ele se desviar. A Fé e os Sacramentos dão-lhe a força para vencer suas más inclinações e para se entregar todo inteiro ao Bem e ao amor de Deus.

+ Quais são as conseqüências morais de uma crise de Fé?
Se a Fé desaparece, o homem não se vê mais chamado à perfeição moral e à vida eterna ao lado de Deus. Entregar-se-á sempre mais aos prazeres desregrados desta vida.

+ A atual crise dos costumes também atinge aos católicos ?
É o que nós experimentamos hoje. Fidelidade, pureza, justiça, espírito de sacrifício, etc. não são mais, até entre os cristãos, valores incontestáveis. Um casamento em três acaba hoje em divórcio depois de cinco ou de dez anos; é sabido que a segunda união depois do divórcio é demandada por um número cada vez maior de católicos.


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