Para maior glória de Deus e bem das
almas, damos início a esta série de instruções catequéticas e de formação sobre
a crise da Igreja. Tenhamos claro que é importante permanecermos em guarda,
firmes no combate. Nossos inimigos - o demônio, o mundo e a carne - são
incansáveis, e é preciso uma "desintoxicação" contínua do modernismo.
Devemos permanecer fiéis a Nosso Senhor, guardar a Fé e gravar a sã Doutrina em
nossas mentes e corações, a fim de evitarmos ser tragados pela ilusão liberal e
terminarmos na apostasia. Que a Virgem Santíssima nos guarde e conserve
lúcidos.
Viva
Cristo Rei!
INSTRUÇÕES CATEQUÉTICAS
Do Catecismo Maior de São Pio X.
Instrução – Parte I
Das Festas de Nosso
Senhor
35. Que é a Quaresma?
A Quaresma é um tempo de jejum e de penitência,
instituído pela Igreja por tradição apostólica.
36. Para que fim foi instituída a
Quaresma?
A Quaresma foi instituída: 1º. para nos fazer conhecer a
obrigação que temos de fazer penitência em todo o tempo da nossa vida, da qual,
segundo os Santos Padres, a Quaresma é a figura; 2º. para imitar de algum modo
o rigoroso jejum de quarenta dias que Jesus Cristo fez no deserto; 3º. para nos
preparar por meio da penitência para celebrar a festa de Páscoa.
37. Por que se chama dia das Cinzas o primeiro dia da
Quaresma?
Chama-se o primeiro dia da Quaresma dia das Cinzas, porque a Igreja impõe
naquele dia as cinzas na cabeça dos fiéis.
38. Por que impõe a Igreja as cinzas no
princípio da Quaresma?
A Igreja, no princípio da Quaresma, impõe as cinzas a fim de
que nós, lembrando-nos de que somos feitos de pó, e de que após a morte nos
havemos de reduzir a pó, nos humilhemos e façamos penitência dos nossos
pecados, enquanto temos tempo.
39. Com que disposição devemos receber as cinzas?
Devemos receber as cinzas com o coração contrito e
humilhado, e com a santa resolução de passar a Quaresma em obras de penitência.
40. Que devemos fazer para passar bem a Quaresma,
segundo o espírito da Igreja?
Para passar bem a Quaresma, segundo o espírito da
Igreja, devemos fazer quatro coisas:
1ª. observar exatamente o jejum e
mortificar-nos não só nas coisas ilícitas e perigosas, mas ainda, quanto
pudermos, nas coisas lícitas, como seria moderar-nos nas recreações;
2ª. fazer orações, esmolas e outras
obras de caridade cristã para com o próximo, mais do que em qualquer outro
tempo;
3ª. ouvir a palavra de Deus, não por
mero costume ou curiosidade, mas com o desejo de pôr em prática as verdades que
ouvirmos;
4ª. ter grande cuidado em nos
prepararmos para a confissão, para tornar mais meritório o jejum, e para nos
dispormos melhor para a Comunhão pascal.
FORMAÇÃO SOBRE A
CRISE DA IGREJA
Do Catecismo Católico da Crise na Igreja.
Pe. Matthias Gaudron
Capítulo I – A Crise
na Igreja
1. Há hoje uma crise na
Igreja?
Seria preciso cobrir os olhos para não ver que a
Igreja Católica sofre uma grave crise. Esperava-se, nos anos sessenta, na época
do Concílio Vaticano II, uma nova primavera para a Igreja, mas foi o contrário
que aconteceu. Milhares de padres abandonaram seu sacerdócio; milhares de
religiosos e de religiosas retornaram à vida secular. Na Europa e na América do
Norte, as vocações se tornam raras, e não se pode nem mais computar o número de
seminários, conventos e casas religiosas que tiveram que fechar. Muitas
paróquias permanecem sem padre e as congregações religiosas devem abandonar
escolas, hospitais e asilos para idosos. “Por alguma fissura, a fumaça de
Satanás entrou no Templo de Deus” – essa era a queixa do Papa Paulo VI em 29 de
junho de 19721.
2. Esta crise é uma crise de
Fé?
A Fé cristã parece em vias de desaparecer da Europa.
As verdades fundamentais, como a fé em Deus, a Divindade de Jesus Cristo, o
Céu, o Purgatório e o Inferno são cada vez menos aceitas. O mais inquietante é
que esses artigos de Fé são negados mesmo por pessoas que se dizem católicas e
freqüentam regularmente a igreja.
3. Esta crise é também uma
crise moral?
A crise dos costumes acompanha a crise de Fé.
Enquanto São Paulo lembra aos cristãos que devem pela sua maneira de viver
brilhar em meio a uma geração corrupta assim como as estrelas brilham no
Universo (Fl 2,15), pode-se dizer que o gênero de vida dos cristãos atuais não
difere em nada daquele dos filhos deste mundo, daquele dos incrédulos. Sua Fé
fraca e esvaziada em sua substância não tem mais força para influenciar sua
vida, ainda menos para transformá-la.
+ Qual
é a ligação normal entre a Fé e a Moral ?
O homem
enfraquecido pelo pecado original tem tendência de se abandonar a suas paixões,
perdendo assim o domínio de si. A fé cristã, ao contrário, mostra-lhe o que
Deus espera dele e como se deve conduzir a vida conforme Sua Vontade. O homem
sabe pela Fé o que ele pode esperar se observar os Mandamentos de Deus, mas
também as penas com as quais Deus o punirá se ele se desviar. A Fé e os
Sacramentos dão-lhe a força para vencer suas más inclinações e para se entregar
todo inteiro ao Bem e ao amor de Deus.
+ Quais são
as conseqüências morais de uma crise de Fé?
Se a Fé
desaparece, o homem não se vê mais chamado à perfeição moral e à vida eterna ao
lado de Deus. Entregar-se-á sempre mais aos prazeres desregrados desta vida.
+ A atual
crise dos costumes também atinge aos católicos ?
É
o que nós experimentamos hoje. Fidelidade, pureza, justiça, espírito de
sacrifício, etc. não são mais, até entre os cristãos, valores incontestáveis.
Um casamento em três acaba hoje em divórcio depois de cinco ou de dez anos; é
sabido que a segunda união depois do divórcio é demandada por um número cada
vez maior de católicos.
Blog/Site: associacaosantoatanasio.blogspot.com.br
Padre Cardozo: runaejcv@gmail.com
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